Um grande problema quando pensamos na ética na educação é estabelecer critérios para diferenciar o que é bom e não é bom no ser humano.. quando falamos de coisas ou de determinadas tarefas é simples: sabemos se um prego é bom ou não porque sabemos para que ele serve.. mas e o ser humano? não sabemos para que ele serve... No entanto, as coisas se tornam menos difíceis se pensarmos no que é o ser humano. Podemos definir o homem de diversas formas. Uma delas é pensar que o ser humano é aquele que estabelece um tipo de comunicação eficiente o bastante para permanecer para além de sua existência, podendo assim transmitir sua cultura e acumular conhecimento. Também podemos pensar em outras características para pautar a prática docente. Somos seres racionais, ou seja, precisamos de raciocínio lógico e coerente na educação para formar homens. Somos seres livres, condicionados pelo meio, mas não determinados. Por isso, precisamos de um pensamento criativo que ajude nossos alunos a atualizarem sua potência como humanos. E somos (talvez, principalmente...) seres sociais, o que nos dá a necessidade do pensamento ético na educação. Acredito então que a tarefa do educador passa a ser então a de estabelecer uma comunicação adequada para estimular o pensamento lógico, criativo - porque livre - e ético.
Mas será que nosso pensamento tem essas características para que possamos pensar em como fazer isso com as crianças?...
Mas será que nosso pensamento tem essas características para que possamos pensar em como fazer isso com as crianças?...
A obra trifásica "Homem" é de Sérgio Prata.