segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sobre educação e imaginação

Durante o 2º ano do meu curso de Filosofia, fui apresentado a uma temática que ainda hoje considero especialmente instigante. Na ocasião, sob orientação do prof. Danilo Almeida, estudávamos comparativamente as duas edições da Crítica da Razão Pura, de Kant (o autor mudou trechos substanciais do texto entre uma edição e outra; no Brasil, acredito que ainda não tenhamos tradução da 1ª ed.). Líamos a interpretação dos chamados neo-kantianos, pautados na segunda edição, e a defesa de Heidegger pelos caminhos traçados por Kant na primeira edição. De forma simplista, estava em questão uma certa disputa entre a imaginação (1ªed) e a razão(2ªed) como faculdade fundamental.
Desde então e cada vez mais, acredito que filosofia se faz, antes de tudo, com imaginação.
E desde então e cada vez mais, constato que a educação formal faz limitar a capacidade imaginativa dos estudantes. Problemas a uma filosofia da educação...


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sábado, 14 de junho de 2008

Filosofia não-européia

Segue convite para o encontro deste mês do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia da Educação. Ocorrerá no dia 19/6, às 14h, na FEUSP, com a exposição inicial feita pelo prof. A. J. Severino, sobre a Possibilidade da filosofia nas culturas não-européias. Clique na imagem abaixo para ampliá-la.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Agora é lei

Reproduzo abaixo notícia originalmente publicada no UOL, sobre a obrigatoriedade legal de inclusão das disciplinas Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio:

Filosofia e sociologia passam a ser obrigatórias no ensino médio
Da Redação
Em São Paulo

O presidente em exercício José de Alencar aprovou nesta segunda-feira (2) o projeto que torna filosofia e sociologia obrigatórias nos três anos do ensino médio.
A lei vale tanto para alunos de escolas públicas quanto de escolas particulares. O texto não especifica quando a lei deve ser implementada.
Segundo levantamento do CNE (Conselho Nacional de Educação), ao menos 17 Estados já têm as duas disciplinas no ensino médio. Outras escolas, muitas delas particulares, já as oferecem há anos.

Veto em 2001
Filosofia e sociologia foram retiradas do currículo obrigatório do ensino médio durante o regime militar (1964-1985) e substituídas por educação moral e cívica e organização social e política brasileira.
Em 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso vetou um projeto de lei que incluía as disciplinas novamente.
O texto, proposto pelo petista Padre Roque (PT-PR), havia sido aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Sob a gestão tucana, o Ministério da Educação argumentou que o texto criava ônus para os Estados, que teriam de contratar mais professores, e era anacrônico, já que os currículos modernos deveriam, para o ex-ministro Paulo Renato Souza, pregar a interdisciplinaridade.