domingo, 31 de agosto de 2008

Veja Paulo Freire

Ainda sobre a recente matéria sobre educação, publicada na pouco confiável revista Veja - vide postagem mais abaixo, do Lupércio:

- a matéria está disponível aqui.

Lê-se, na matéria, duras e ideologicamente tendenciosas críticas ao mais destacado educador brasileiro, Paulo Freire. Mais interessantes que as críticas feitas, são as respostas dadas a elas por pesquisadores do Instituto Paulo Freire, disponíveis aqui.

sábado, 23 de agosto de 2008

A revista Veja e a educação.

A revista Veja desta semana traz uma matéria interessante sobre a qualidade da Educação no Brasil, especialmente relacionada à representação que os pais têm em relação às escolas.
É “admirável” como este país tem especialistas em Educação, tem sempre alguém pronto para criticar. Agora, quando a critica se baseia em índices obtidos em provas regulamentadas internacionalmente, caberia refletir sobre quem estabelece o que perguntar nestes tipos de provas, etc.. Qual seria o referencial para a elaboração destes questionários?
Que a educação tem muitos problemas é inegável, mas compará-la com a educação em países como a Finlândia, com características tão diferentes das nossas, em todos os aspectos, é, a meu ver, temeroso.
Não tenho a intenção, nem tampouco condições, de desqualificar o texto citado, mas convido a todos aqueles que de alguma forma se interessam pela Educação a ler atentamente a reportagem da Veja.
Alguém duvida que a educação seja um ato político? Que postura adotar, qual deve ser o posicionamento do professor e as intencionalidades da pratica docente pode e deve ser alvo de reflexão, mas negar que a educação é um ato político é um equívoco.
Oras, se a Educação é um ato político e em geral o povo e os professores são oriundos do proletariado, como pode a revista citada fazer uma crítica contundente em relação ao posicionamento político do professorado? A partir de exemplos estereotipados a reportagem julga e condenada o todo pela parte. Pretender que o professor alheie-se de criticas é pretender que formemos alunos acríticos.
Enfim, hoje escrevo este desabafo porque fiquei intrigado não só com o posicionamento da revista, mas também com o posicionamento dos vários professores com os quais conversei durante esta semana, quase todos sabiam tudo sobre as Olimpíadas, que é importante é claro, mas sequer tinham parado para olhar a capa da Revista. Convido a todos, mais uma vez, a lerem a matéria e comentarem.
Bom final de semana a todos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Aprender a filosofar

Na última reunião de estudos do NEFiC, ocorrida no sábado passado, tivemos oportunidade de debater o texto O "valor formador" da filosofia, de Etienne Tassin. Foi uma deliciosa ocasião para reavivarmos e explicitarmos algumas das concepções fundamentais de Kant e de Hegel - filósofos cujos pensamentos fundamentavam as idéias centrais do texto estudado. Entre as muitas críticas e concordâncias que manifestamos com o texto, destaco uma argumentação do autor, que considero especialmente relevante. Diz respeito à possibilidade do ensino de filosofia.
Começo pelas duas epígrafes do texto. A primeira de Kant, na Crítica da Razão Pura


"Até agora não se chegou a aprender filosofia alguma; pois onde está ela, quem a possui e através de quê é dado a conhecê-la? Só é possível aprender a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão na aplicação de seus princípios gerais em certas tentativas que se apresentam..."



É a famosa proposição kantiana segundo a qual não se ensina filosofia, apenas se aprende a filosofar, visto que ninguém é capaz de definir o que seja a Filosofia em si, qual seu conteúdo e sua característica. Em seu texto, parafraseando Kant, Tassin afirma que "uma definição filosófica da filosofia seria uma contradição", justamente por encerrar aquilo que é inesgotável - a própria filosofia.
Mas a segunda epígrafe do texto, logo abaixo da kantiana, vem dos Textos pedagógicos de Hegel:


"Segundo a doença moderna, especialmente a pedagogia, deve-se antes aprender a filosofar sem conteúdo do que ser instruído no conteúdo da filosofia; o que significa, aproximadamente, isto: deve-se viajar e sempre viajar, sem aprender a conhecer as cidades, os rios, os países, os homens, etc."


Aparentemente pode-se tomar os trechos, primeiro de Kant e depois de Hegel, como opostos. Mais especificamente, parece que Hegel critica a Kant enfaticamente. Mas baseado em Hegel, Etienne Tassin nos escreve: "No que diz respeito ao ensino, a meta da filosofia é [...] ensinar a pensar especulativamente [nota minha: aqui ele concorda com Kant]. O que não significa ensinar o conteúdo das filosofias sob a forma de uma história da filosofia" [nota minha: aqui ele cria uma possibilidade de articulação ente Kant e Hegel].
A proposta do autor é que a Filosofia não é uma matéria - ou melhor, não tem uma matéria própria, não tem um conteúdo próprio - e por isso não pode ser ensinada. Não há um objeto próprio da filosofia que se possa ensinar em sala de aulas; e muitos se equivocam quanto a isso: não tendo clareza da inexistência deste objeto próprio da filosofia, objetivam a "história da filosofia" como se fosse a própria "filosofia".
Por outro lado, ao trazer a crítica hegeliana, o autor lembra que: se é verdade que filosofia é antes uma postura, o pensar especulativo, por outro lado é preciso ter claro que pensar é sempre pensar sobre algo. Portanto o fato da Filosofia não ter um conteúdo próprio não pode significar que não há conteúdo sobre o qual se filosofar. É preciso escolher e colher "no mundo" (ou nas diversas ciências) sobre o quê filosofar, em quê aplicar este pensamento especulativo que é uma das características filosóficas.
Certamente a discussão travada no grupo foi muito além deste ponto. Eventualmente poderemos retomar outros aspectos nas próximas postagens.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nosso Site já está no ar!

Ainda que em construção, já estamos com novo endereço na internet!

www.nefic.net

Visite e conheça um pouco mais de nós!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O que fazer?

As duas postagens anteriores feitas no Blog do NEFiC pelo Lupércio Rizzo e pelo Dildo Brasil – respectivamente com os títulos “O papel da didática no ensino superior” e “O Brasil precisa de professores de Filosofia” (esta última reproduzindo matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo) – motivaram algumas reflexões que tentarei sintetizar a seguir. Acho que o assunto dá “pano pra manga”, e portanto não será absolutamente esgotado aqui: espero, antes, que estimule outras reflexões.
Coloco-me no papel de educador. Penso nas perguntas fundamentais que norteiam o meu trabalho prático. Mesmo falando em “perguntas fundamentais” não chamo aqui os problemas ontológicos consagrados pela filosofia (quem sou eu?, o que é o ser humano?, é possível ensinar algo a alguém?, etc.). Minha questão é menos elaborada e, quem sabe (trata-se de uma provocação), mais útil: devo perguntar “como ensinar” ou “o que ensinar”? Ou, para ficar em termos mais próximos aos consagrados por revolucionários como Lênin ou educadores inspirados nos revolucionários, como Paulo Freire: “o que fazer” ou “como fazer”?
A pergunta pelo “como fazer” (as “receitas” criticadas pelo Lupércio na postagem abaixo) parece ser uma questão puramente metodológica. Como faço pra chamar a atenção dos meus alunos? Como poderia eu “dominar” (seria expressão de um sádico desejo de dominação?) meus alunos, fazendo-os agir como entendo adequado? Numa única questão: como faço para ensinar de forma eficiente?
É certo que estas perguntas não são inválidas. O processo de educação pressupõe a comunicação, de modo que é relevante saber como posso me comunicar de forma mais eficiente. Mas caso eu saiba “como ensinar”, caso eu consiga eficiência comunicativa, precisarei de eficiência educativa. Terei que perguntar “o que ensinar”.
Mais que isso: se eu não souber ao certo “o que ensinar”, porque me preocuparei em estabelecer um “como ensinar”?
Posso ensinar a um jogador de futebol a chutar bem em gol, mas de que isso adiantaria se ele fosse incapaz de decidir contra qual meta mostrar sua eficiência? Ou num exemplo mais teatralmente (ou nem tanto) drástico: posso ensinar alguém o “como atirar” com uma arma, mas o que significaria isso se ele não souber discernir “em que” ou “em quem” atirar? Na verdade, se for para usar sua eficiente pontaria para matar alguém de bem, é melhor que ele não saiba como fazê-lo. Descobrir o “como fazer” sem perguntar-se regularmente pelo “que fazer” pode ser desastroso.
Assim, concluiria eu, mais importante que as receitas são os fundamentos norteadores das nossas ações. Devo claramente refletir sobre “o que fazer”, para só depois pensar no “como fazer”. Mas leio, então, a matéria postada pelo Dildo (duas postagens abaixo) relatando que o Brasil precisa de 107.680 professores de Filosofia; possui atualmente 31.118, dos quais apenas 7.162 são formados em Filosofia. São professores em boa parte sedentos de descobrir o “como fazer”, como atuar em uma área que lhes é parcialmente estranha e em salas de aulas com animosidades adversas. Ao contrário do que se pode pensar, são professores sedentos de conhecimento, mas querem conhecer o “como” e não o “que” fazer. O que me faz perguntar, constantemente, a mim e a outros colegas: nós que discutimos a formação dos educadores, não podemos/não devemos ensinar sim um pouco do “como fazer”, fazendo deste “como” meio para despertar a reflexão sobre o “que fazer”? Não é isso que devemos fazer, ou melhor, não é um nosso “que fazer” educativo?

Em tempo: não penso que esta é uma dificuldade recente ou coisa apenas "do nosso tempo". Reclamamos da educação, da política, dos transportes... como problemas que nunca foram tão graves. Recebi hoje esta foto abaixo, mostrando o transporte público na São Paulo dos anos 1950. Problemas sempre existiram e às mulheres e aos homens de cada tempo cumpre superá-los. Nossa tarefa não é maior ou mais drástica que fora outrora. Mas é a nossa.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O papel da didática no ensino superior

Outro dia eu estava na sala dos professores e escutei uma discussão sobre o tema, então lembrei deste texto que fiz a algum tempo, acho que vale para pensar um pouco...

O papel da didática no ensino superior


Algumas coisas parecem não sofrer a ação do tempo, o famoso cafezinho brasileiro, a discussão sobre a rodada do campeonato, aqueles programas enfadonhos de domingo, e em especial, aquelas aulas de culinária na TV, e olhe que até de noite tem receita na televisão. Gostaria de deter-me nestes últimos programas citados, eles tem algo que nos interessa de maneira peculiar, a busca por receitas.Se pensássemos no mercado editorial não seria diferente, como ganhar dinheiro, como conquistar um grande amor, como se livrar dos seus problemas, como isto como aquilo, enfim, um sem número de como fazer. Entra ano sai ano este arsenal de receituários esta sempre aí, pronto para nos ajudar, uma coisa é certa, eles ajudam e muito seus criadores...
Com a educação não é diferente, a busca por receitas é algo quase frenético entre uma parcela significativa dos profissionais desta área. E neste quesito a Didática parece ser a palavra de ordem, ou o objetivo a ser buscado.
Afinal, o que é de fato este terreno chamado didática? Não pretendo dar esta resposta até porque talvez me falte conhecimento empírico e teórico para arriscar responder uma pergunta que parece simples, mas que traz em si um significado muito amplo e profundo.Pretendo aqui apenas expressar algumas questões que me incomodam e que, em minha modesta opinião, abrigam grande parte dos problemas do ensino brasileiro, não apenas no nível superior.
A meu ver a busca pela didática ideal é algo parecido com um cachorro que corre atrás do rabo, isto para ficar com um exemplo no mínimo, emblemático. Procura-se alcançar algo inatingível. Ora, a educação é por demais dinâmica para supor-se que existe um nível ideal, quem se julgar neste nível, a meu ver, estará cometendo um equívoco considerável.
O ensino superior é hoje uma área que vem sendo não democratizada, mas popularizada com uma velocidade incompatível com a capacidade de respostas que a demanda exige.
Em um mercado concorrido como este, as empresas se tornam tão grandes que a visão das partes fica comprometida, e o corpo docente é sem duvida, uma parte crucial neste sistema. Cada um tenta se arranjar da melhor maneira, o mercado é competitivo e, nem sempre conhecimento pressupõe colocação, e então a quem recorrer? A resposta genial; a didática.
Mas vejamos, entender o contexto em que se está inserido requer didática ou visão de mundo e sensibilidade para com a realidade que te cerca?
Compreender que o aluno vive em um mundo que exige cada vez mais reconhecendo cada vez menos exige olhar crítico ou didática?
Reconhecer que muitas vezes este indivíduo que está sentado a sua frente, de noite, na condição de aluno, não é apenas aluno, é trabalhador, pai ou mãe de família, e que está ali em condições longe das desejáveis requer didática ou visão mais humana em relação ao próximo?
Perceber-se como responsável por apresentar ao aluno um conhecimento científico, do qual você é portador, da melhor forma possível, respeitando minimamente suas peculiaridades requer boa didática ou comprometimento?
Colocar-se como parte de um todo que precisa urgentemente se desfragmentar para tornar-se de fato uma categoria, que é a docente, requer didática ou humildade e senso de trabalho em equipe?
Enfim, estas e outras questões fazem com que minha visão sobre o ensino superior ainda sejam de espanto, claro que o fato de eu não ter experiência neste segmento torna meu olhar nebuloso, mas pelo que entendo por didática, ela não existe de outra forma que não seja no formato de uma construção constante, de uma ação política, de um ir e vir entre sujeitos que compartilham o mesmo espaço e que precisam, por força das circunstâncias compartilhar conhecimentos; vale lembrar que compartilhar pressupõe troca, o que implica perceber no aluno alguém com forte potencial de contribuição no processo.
Cabe ressaltar aqui que embora eu não tenha me referido ao aluno das Universidades consideradas centros de excelência, minhas questões são parecidas com as citadas anteriormente, só que neste caso, considera-se o aluno ideal, o que não existe.
Se estiver atento e apto a dar respostas coerentes tanto na teoria como na prática para estas questões traduzir-se em didática, podemos afirmar que nela residem nossas soluções, ou boa parte delas.
Contudo, se a didática for algo diferente disto, e tardarmos a perceber o que de fato ela é, uma coisa é certa, teremos encontrado uma discussão que, igual ao hábito da busca por receitas na televisão, não envelhecerá tão cedo.



quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Brasil precisa de professores de Filosofia

BRASIL PRECISA DE PROFESSORES DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
(Jornal O estado de São Paulo – 21 /07 /08)

O Brasil precisa de 15 vezes mais professores de filosofia e 40 vezes mais de sociologia para que todas as escolas de ensino médio passem a ter aulas das duas disciplinas. A obrigatoriedade foi instituída por lei no mês passado, depois de um debate que durou décadas. Estudo feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostra a dificuldade que as escolas terão para se adaptar à nova legislação. Além da falta de docentes dessas áreas, há ainda material didático insuficiente e poucos estudos sobre um currículo atual de sociologia e de filosofia.

Hoje, o País tem 20.339 professores de sociologia atuando nas escolas; no entanto, só 12,3% deles (2.499) são licenciados na área. O restante se graduou em áreas como história, geografia e português. Em filosofia, o número atual é de 31.118, sendo 23% (7.162) com a licenciatura específica. Isso porque há estimativas de que 17 Estados já tenham aulas dessas disciplinas em pelo menos um ano do ensino médio. Segundo o estudo do MEC, a demanda em cada uma das disciplinas é de 107 680 professores.

O levantamento mostra também que a quantidade de graduados nas duas áreas nos últimos cinco anos, independentemente da opção por dar aulas ou não, está longe de cobrir o déficit. Foram cerca de 14 mil em filosofia e 16 mil em sociologia. "Não haveria professor suficiente nem para ter apenas um por escola", diz Dilvo Ristoff, autor do estudo e diretor de Educação Básica Presencial da Capes/MEC, órgão que agora cuida também da formação de professores no País. São 24 mil escolas de ensino médio no Brasil.

A lei de junho retificou essa decisão e exigiu que sociologia e filosofia integrassem o currículo dos três anos do ensino médio, o que complicou mais ainda a situação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Questões Políticas


Entre os meses de maio e julho estudamos no NEFiC extratos do livro Entre o Passado e o Futuro, de Hannah Arendt. Estudamos com especial atenção seu primeiro capítulo, A tradição e a época moderna e o quinto capítulo, que trata sobre A crise na educação. Não vou contar aqui o que diz o texto da filósofa, que está publicado pela Ed. Perspectiva. Transcrevo abaixo alguns apontamentos que fiz, para meu próprio uso, como chaves interpretativas do texto.

1. A tradição política começa com Platão e não com Sócrates. Sócrates, um homem da prática, ocuparia o mesmo status dado pela autora a Marx, que inverte a relação teoria-prática, pondo fim à tradição.

2. Marx põe fim à tradição política não por “inverter Hegel”, mas por inverter o “status” teoria-prática, colocando a prática política como prioritária à reflexão política. “Inverter Hegel” seria permanecer no campo teórico, quando o que está em questão é extrapolá-lo.

3. Arendt, depois de Heidegger e antes de Fukuyama (dentre tantos outros) anuncia o fim de um tempo. A disputa entre modernos e pós-modernos, tradicionais e pós-tradicionais, metafísicos e pós-metafísicos não vem ao caso, bem como não parece ser o mais relevante definir se a autora está ou não certa ao afirmar que a tradição acabou. Mas o amplo conjunto de autores que aponta o fim de um tempo parece dar consistência à idéia de que “algo precisa mudar” ou, quem sabe, “algo mudou”. Está desperta a questão sobre como fazer filosofia hoje: não se constroem mais grandes sistemas filosóficos desde Kant e Hegel.

3.a. A filosofia concreta, como o existencialismo no contexto pós-guerra, também não encontra espaço no fluido cenário político do século XXI. Quem tenta fazê-la, como Chomsky, permanece como “franco atirador” (ver 3.c)

3.b. Quanto ao pensamento metafísico, parece acertada a constatação do seu fim, por Arendt – ainda que se possa discutir se são os autores apontados por ela os principais “coveiros” metafísicos. Na segunda metade do século XX, parece não haver produção metafísica consistente.

3.c. Nos demais campos, a filosofia se faz por franco-atiradores, não mais por sistemas. Seja a “segunda escola de Frankfurt” com seus dois únicos autores; sejam os lingüistas ou os pragmatistas que não se agrupam; sejam os críticos da tradição filosófica: faz-se filosofia a partir da individualidade.

4. A crise na educação é reflexo da crise da tradição. Não há como resolver problemas da educação antes de superar a crise do pensamento. E não há como superar essa prescindindo da educação. Assim, a educação não pode ocupar papel coadjuvante, mas co-autoral na superação da crise. E a crise a ser superada é a crise da tradição (entendida com as ressalvas da tese 2)

A primeira tese e seu desdobramento na segunda foram elaboradas em conseqüência de um diálogo com a Profa. Larissa Gandolfo. A terceira, de um diálogo com o Prof. Marcos Sidnei Euzebio.