domingo, 1 de julho de 2007
Mais Descartes...
Nós, do NEFiC, planejamos nosso trabalho através de nossa experiência em sala de aula com as crianças e com os jovens. Construímos nossas oficinas e nossa prática com essa vivência, mas mantemos também um grupo de discussão e estudo dos autores da Filosofia e da Educação que nos permitem uma interpretação para a reflexão em sala de aula. Em uma dessas discussões tivemos a oportunidade de analisar o Discurso do Método de René Descartes, especialmente a parte em que este constrói a teoria do cógito. Quando Descartes propõe-se a duvidar de todas as coisas para encontrar uma única verdade que seja, ele acaba por entender que se pode duvidar é porque pensa e se pensa, logo, existe. Alguns teóricos hoje afirmam que a teoria de Descartes não é válida, mas pensemos no que ela pode acrescentar ao professor, em especial aqueles que se dedicam a fazer seus alunos pensarem. Se a Filosofia nasce do espanto, como dizia Platão, não podemos deixar de nos maravilharmos (e também nos horrorizarmos) com a vida e com seus caminhos. Nisso Descartes deixa uma lição importante: duvidem, questionem, não aceitem qualquer resposta. Quando pudermos dizer que nossos alunos pensam assim (inclusive do que nós mesmos dizemos em sala...) poderemos de fato dizer que formamos para a liberdade. Ainda que Descartes esteja errado, uma coisa é válida: devemos usar nossa capacidade de pensar para tornar nossa existência o mais interessante possível. Como? Duvidando...
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